O mais arraigado desejo da humanidade é o de ter vida longa,
ainda mais cheia de felicidade e satisfação. A ideia da morte como finitude
ainda é um tabu e assusta aqueles que não desfrutam dos prazeres simples de uma
vida bem vivida.
E ao mesmo tempo que temos a consciência de que o momento
passado nunca mais existirá ainda assim, não aproveitamos o momento presente.
É necessário refletirmos sobre a qualidade de tempo e
energia de vida que dispomos em cada segundo dessa existência.
Ficamos felizes em saber que a expectativa de vida vem
aumentando a cada geração e que temos a oportunidade de viver alguns anos
a mais que as gerações anteriores.
A questão aqui é: Por que e para que ter uma longevidade
maior se não há vida nesses dias?
Como disse a monja budista Sangamithra Gangarapu que viveu até o ano 232 AC e
repetida com doçura por Cora Coralina no século XX.
“Não podemos acrescentar dias à nossa vida, mas podemos acrescentar vida aos nossos dias.”
O segredo dessa vida feliz e satisfatória está no tempo com
qualidade que gera essa qualidade de tempo.
Vivemos num mundo que nos exige cada vez mais perfeição e conectividade
o tempo todo. Entrar nessa “onda” pode ser perigoso ao ponto de negligenciarmos
fatos importantes que poderiam nos trazer a sensação de felicidade.
A depressão, dependência química, virtual ou afetiva,
estresse, síndrome do pânico e síndrome de Burnout são patologias tão comuns
hoje em dia, que cada um nós conhece alguém que sofre desses
transtornos.
É preciso alimentar os laços afetivos, com tempo disponível
para ouvir, falar, dialogar, acariciar, se doar para o próximo sem pressa.
Qual foi a última vez que se fez amante verdadeiro, voltando
todo o seu tempo ao ser amado?
Qual foi o dia que tirou para passear com os filhos, sem
estar preocupado em estar conectado às redes sociais?
Qual foi a última vez que deu ouvido à voz de seus pais sem criticá-los ou perder a paciênca?
Quando foi seu último encontro com os amigos, sem o celular na mão ou em cima da mesa?
Quando foi seu último encontro com os amigos, sem o celular na mão ou em cima da mesa?
Precisamos para aproveitar essa longevidade, criar pontes
relacionais.
A vitalidade que necessitamos para vivenciarmos uma
existência com alegria vai muito além da idade. Muitos jovens e jovens adultos
vivem seus dias como velhos e muitos idosos descobriram que podem viver uma
juventude plena.
É preciso transcender o tempo cronológico.
A duração de uma vida depende de vivermos bem o presente.
Dentro de todos nós existem dois “Eus”:
O Eu Projetivo – aquele que olha para fora, que vive de
passado e enxerga e busca ter um futuro de valor, e é nessa dinâmica de projeções
e planejamento que esse eu se sente feliz. Porém, é uma felicidade projetiva.
Já o Eu Experiencial – é aquele que vive o momento neste
momento, podendo ter uma duração de três segundos. E o que o faz feliz é estar
aqui e agora, com a cabeça e a consciência no aqui, no presente.
Por isso a felicidade encontra-se no aproveitar o instante
enquanto ele acontece.
Triste é quando nos damos conta do “olhar para trás” e se
arrepender de não ter feito aquilo que se desejava. Não há mais tempo.
A vida está na capacidade de adquirirmos conhecimento.
Então VIVA com consistência, não se sujeite ao imediatismo
dos dias atuais.
Seja grato todos os dias, se dedicando nas relações.
Abra os braços para a diferença, pratique a aceitação.
Então é muito pertinente refletirmos sobre a pergunta inicial. E a partir daí tirarmos uma conclusão de como estamos vivendo, aproveitando nosso tempo e proporcionando melhor qualidade de vida aos seus dias.
Então é muito pertinente refletirmos sobre a pergunta inicial. E a partir daí tirarmos uma conclusão de como estamos vivendo, aproveitando nosso tempo e proporcionando melhor qualidade de vida aos seus dias.
Não sobreviva, isso é apenas viver em busca de se ter um emprego,
uma casa, um carro e uma família.
Viver é muito mais! É experienciar o instante!
Não deixe para depois!
Por Sérgio Costa - Psicanalista
Não deixe para depois!
Por Sérgio Costa - Psicanalista
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